Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil ganhou, nos últimos sete anos, o equivalente à população da Bahia, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, o país tem cerca de 184 milhões de habitantes, 14 milhões a mais que o constatado no censo de 2000.O número está no relatório final da Contagem da População do IBGE, entregue na última quarta-feira (14) ao Tribunal de Contas da União (TCU). O levantamento foi feito este ano em 5.534 cidades com até 170 mil habitantes, o que representa 97% dos municípios brasileiros. Ao todo, foram pesquisados 30 milhões de domicílios – 57% do total constatado no país.O TCU utilizará os dados do IBGE para o cálculo das cotas referentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Composto por 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados, esse fundo é repassado conforme o número de habitantes de cada município.A população das cidades determina o coeficiente utilizado para partilhar os recursos. Municípios com mais de 156 mil habitantes têm coeficiente 4. Para aqueles com até 10.188 habitantes, o coeficiente é 0,6.No ranking das regiões mais populosas, não houve alteração em relação ao censo de 2000. O Sudeste segue na liderança, com 77,8 milhões de habitantes, seguido de Nordeste (58,5 milhões), Sul (26,7 milhões), Norte (14,5 milhões) e Centro-Oeste (13,2 milhões).Os estados mais populosos continuam sendo São Paulo, com 39,8 milhões de habitantes, Minas Gerais (19,2 milhões), Rio de Janeiro (15,4 milhões), Bahia (14 milhões) e Rio Grande do Sul (10,5 milhões). Os menos populosos são Roraima (395,7 mil habitantes), Amapá (587,3 mil) e Acre (665,3 mil).A capital menos populosa é Palmas, no Tocantins, com 178,3 mil habitantes. O município menos populoso é Borá, no oeste paulista, que tem 804 habitantes, contra 795 há sete anos. Campinas (SP) ultrapassou um milhão de habitantes, o que aumentou para 14 o número de municípios brasileiros que superam essa marca.A grande novidade da contagem deste ano foi a substituição do tradicional questionário em papel pelo computador de mão. O equipamento já era utilizado em outras pesquisas do IBGE, mas foi a primeira vez que esteve presente numa operação de contagem populacional.