Gláucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), em parceria com aUniversidade de Brasília (UnB), realizou um estudo para mapear as instituiçõesque atendem usuários de álcool e drogas no Brasil. O objetivo foi montar um banco dedados atualizado, com o perfil das instituições, as atividades desenvolvidas naprevenção do problema, o tratamento de pacientes e as dificuldades enfrentadaspelas instituições na prestação dos serviços. A pesquisa foi apresentada durante o 1º Seminário Internacional da Rede de Pesquisa sobre Drogas, que aconteceu nestasquinta-feira (4) e sexta-feira (5), em Brasília.Foram analisadas mais de 9 mil instituições governamentais enão-governamentais, que desenvolvem diferentes atividades, desde palestrassobre prevenção em instituições de ensino até atendimento e tratamento. Oestudo constatou que cerca de 60% das instituições que desenvolvem essetrabalho são organizações não-governamentais (ONGs), que funcionam com recursosda sociedade civil.A coordenadora do estudo e professora da UnB, Denise Bomtempode Carvalho, disse que apesar das políticas de atenção aos usuários de álcool edrogas e dos avanços na legislação brasileira, ainda é preciso intensificar osserviços que são prestados. A professora falou da participação das ONGs nessetrabalho. “Acho que eles precisavam se mostrar, precisavam mostrar o queestavam fazendo, mostrar os problemas para que realmente eles tenham o apoio dogoverno e também da sociedade, para intensificar e melhorar cada vez mais ostrabalhos que eles desenvolvem, apesar de todos os problemas que eles têm defalta de recursos humanos, físicos e materiais”.A secretária-adjunta da Secretaria Nacional Antidrogas,Paulina Duarte, informou que o mapeamento foi realizado em todo país paraidentificar as instituições e avaliar o trabalho realizado. “O mapeamento foi oprimeiro passo. Nós precisávamos conhecer onde estavam essas instituições equem elas eram. Agora, o segundo passo é fazer a articulação da rede públicacom essas organizações que estão na comunidade para que cada vez mais essa redese fortaleça para prestar um atendimento melhor ao dependente de drogas, aousuário e aos familiares que precisam de algum tipo de atenção”, conta.De acordo com o 1º Levantamento Nacional sobre osPadrões de Consumo de Álcool no Brasil, mais da metade dos brasileiros acima de18 anos bebem pelo menos uma vez por ano. Entre os homens, o índice é de 65% e,entre as mulheres, é de 41%. Segundo o estudo, 23% da população bebe comfrequência e 12% tem algum problema com álcool. O levantamento mostra tambémque a cerveja é a bebida mais consumidano país, ficando na preferência de 61% dosbrasileiros.