Campanha buscar aumentar cadastro brasileiro de doadores de medula óssea

06/10/2007 - 14h55

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A campanha da Associação Paulistana de Medula Óssea, que acontece hoje (6), busca aumentar onúmero de pessoas cadastradas para eventuais doações. O cadastro é consultato para checar a compatibilidade entre o doador e o receptor, cujas as chances de coincidência podem atingir um a cada 100 mil. Isso exige um cadastro grande para aumentar as chances de quem precisa de uma doação. A campanha marcaa data de hoje, Dia Nacional do Voluntário de Medula Óssea, e ocorre na sede da Universidade Unicastelo, no bairro deItaquera, zona leste de São Paulo.A coordenadora da campanha, Camila Hinsthchieng, informouque aexpectativa é de conseguir a adesão de entre dois a três mil voluntários.Segundo ela, de 2002 para cá, a lista de inscritos no cadastro nacional,Registro de doadores de Medula Óssea (Redome) subiu de 12 mil para 420 mil.Ainda assim, “o Brasil tem uma oferta bem abaixo de outros países como osEstados Unidos, onde o banco de medula conta com seis milhões de pessoascadastradas”, observa Hinsthchieng, que é bióloga e já precisou ser submetida atransplante de medula óssea.Ela explicou que qualquer pessoa com idade entre 18 e 55anos que tenha boas condições de saúde e não tenha contraído doenças graves,como Aids, Doença de Chagas, câncer e hepatite C, pode ser um voluntário. O procedimento ésimples, realizado com a coleta de uma amostra de sangue e por meio disso éfeita uma avaliação das características genéticas. “Não demora nem dez minutose não há necessidade de se estar em jejum”, diz. O voluntário preenche umaficha deixando os dados para que possa ser imediatamente contatado na hora emque surge um receptor.No caso de SãoPaulo, diariamente, tem uma equipe para receber potenciais doadores na SantaCasa de Misericórdia, no bairro central de Santa Cecília. Ao contrário do que“muitos pensam, o transplante não ocorre por meio de uma cirurgia, é feitaapenas uma punção do conteúdo do interior do osso para a retirada de célulasmães que servem à reprodução do sangue no organismo”, esclareceu.Outra observação que fez é com relação ao desconhecimentoocorrido com freqüência e que, em sua avaliação, dificulta a captação de maiornúmero de doadores.  “É muito importantesaber que a medula óssea não é a medula espinhal, não é retirado da colunavertebral, e sim está presente em todos os ossos e está mais concentrada nosossos da bacia”. Maiores informações podem ser obtidas no endereço eletrônico: www.ameo.org.br.