Programa Mais Cultura gera boas expectativas, diz ativista

04/10/2007 - 11h52

Deborah Souza
Da Agência Brasil
Brasília - O programa Mais Cultura, lançado hoje (4), em Brasília, gera expectativas para os agentes culturais brasileiros, com as ações que vão expandir o alcance dos processos culturais por todo o país, principalmente nas regiões de população mais desfavorecida.A avaliação foi feita pelo secretário-geral da Coalizão pela Diversidade Cultural, João Batista Pimentel, em entrevista à Agência Brasil.“Acredito que o programa veio em boa hora e  vai acabar  beneficiando várias regiões do país que há muito tempo estão necessitando de cuidado e um pouco mais de zelo por parte do governo federal”, disse O Mais Cultura vai apoiar regiões como a  semiárida, amazônica, as comunidades indígenas e as comunidades quilombolas. Pimentel informou que existem também ações para cidades com menos de 50 mil habitantes, que vão receber "atenção mais cuidadosa do governo federal".De acordo com o secretário-geral, o programa vem de forma a complementar várias ações que já vinham sendo desenvolvidas pelo Ministério da Cultura, como os Pontos de Cultura, a inclusão digital e audiovisual.O presidente do Conselho Nacional de Cineclubes, Antônio Claudino, espera a posse dos recursos do Mais Cultura para poder atender às necessidade da demanda do movimento cineclubista, de levar o cinema para todos os cidadãos sem tela do país. “Estamos tratando de 92% da população, 92% das cidades brasileiras que não tem cinema e mesmo os cidadãos brasileiros que tem cinemas, confinados em shoppings, as periferias não têm acesso”, disse Antônio Claudino.No Brasil há 600 Pontos de Cultura que promovem ações culturais para a cidadania. Segundo Chico Simões, integrante do Ponto de Cultura de Brasília, os grupos recebem apoio mensal do governo de cerca de R$ 5 mil, para fortalecer a estrutura e melhorar o atendimento à população brasileira.“Agora, os pontos de cultura têm um atendimento sistemático e permanente. Isso vai possibilitar avaliar essa política cultural ao longo do tempo e fazer as correções que a realidade vai exigindo”, avaliou Simões.