Mantega diz que se empenhará para manter em 0,38% alíquota da CPMF

04/10/2007 - 20h48

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (4) que vai se empenhar pessoalmente para que a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) seja prorrogada com a alíquota atual, de 0,38%, conforme proposta de emenda à Constituição que passou na Câmara dos Deputados. Para isso, ressaltou o ministro, a proposta terá que ser referendada no Senado sem alteração.Qualquer alteração "provocaria o retorno à Câmara, e perderíamos os prazos para a prorrogação até 31 de dezembro", disse Mantega, em entrevista coletiva.  Paralelamente, o governo quer fazer proposta de desoneração das folhas de pagamento e tomar medidas em favor dos correntistas dos bancos. Segundo o ministro, o setor precisa de maior competitividade para que sejam oferecidas tarifas mais favoráveis ao público. "O governo não se preocupa com concentração bancária, mas quer que os bancos procurem conquistar os clientes, reduzindo tarifas, pois o sistema atual confunde o correntista." De acordo com o ministro, o governo vê com simpatia proposta dos empresários da construção civil para estabelecimento de seguro para garantia ampla em torno dos imóveis, protegendo principalmente os financiamentos. Isso foi proposto por empresários da construção civil, que estão reunidos em Brasília, no 79º Encontro Nacional da Indústria da Construção Civil. Mantega fez uma exposição durante o evento, que discute a participação do setor no crescimento da economia. Os empresários propõem também a criação de um cadastro nacional para imóveis, um registro nacional, como o dos  veículos. Outra sugestão dos empresários é a portabilidade do financiamento, pela qual o mutuário poderia migrar seu financiamento para uma instituição que oferecesse juro mais baixo.