Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A soluçãoda crise área precisa de “um pouco mais de pressa” mas,para isso, é necessária a recomposição dadiretoria da Agência Nacional de Aviação Civil(Anac). A avaliação é do ministro da Defesa,Nelson Jobim, que participou hoje (4) de entrevista a emissoras de rádioparceiras da Radiobrás.“Masjá está dentro das expectativas de regularizaçãodo sistema. Vamos ter alguns dificuldades nos primeiros dias deoutubro devido à implantação da nova malha aéreae ajustamentos”. O ministro acrescentouque a Anac e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária(Infraero ) não fizeram um planejamento para atender o aumento dademanda dos usuários com a redução, nos últimosanos, dos preços das passagens aéreas. “Nãohavia efetivamente, temos que fazer uma mea culpa, umplanejamento para atender essa perspectiva de demanda.” Com a renúnciade quatro diretores da Anac,o único que permanece na diretoria é o presidente daagência Milton Zuanazzi. Os diretores nãopodem ser demitidos e só deixam o cargo em caso de renúnciaou de processo administrativo ou judicial.Ontem (3), Jobim,encaminhou ao presidente LuizInácio Lula da Silva mais uma indicação para adiretoria da Anac, o engenheiro de infra-estrutura aeronáuticaCláudio Pinto Alves. O ministro já havia encaminhado aopresidente Lula outras três indicações: a dobrigadeiro-engenheiro Allemander Pereira Filho; a da economistaSolange Vieira; e a do também economista Marcelo Pacheco dosGuaranys. “O entendimento quetemos é de que no momento em que tivermos a posse de trêsnovos membros, o doutor Milton [Zuanazzi]tomaria outro rumo, afastar-se-ia. Minhas relaçõescom ele são boas. Não somos amigos, mas temos relaçõesinstitucionais importantes e se realizam sem problemas”.O ministro garantiu que há segurança no sistema aéreo. “Temosa segurança do sistema, mas ainda não conseguimos ter apercepção das pessoas de que o sistema é seguro.Essa percepção se dará pela regularidade, apontualidade e pela eficácia do sistema. Temos apossibilidade de circulação doméstica muitoforte e essa circulação é o que nos preocupa”.