PF e Anvisa fecham mais dois pontos de distribuição de medicamentos ilegais

18/09/2007 - 18h29

Erich Decat
Da Agência Brasil
Brasília - Mais dois pontos de distribuição de medicamentos ilegaisforam fechados hoje (18) por agentes da Polícia Federal(PF) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa) – um em São Paulo e um em Brasília –, na segunda etapa daOperação Placebo, iniciada em julho.

Segundo odelegado Adalton de Almeida Martins, da PF, duas pessoas foram presasem flagrante, acusadas de fornecer remédios nãoautorizados pela Anvisa, como o Lipoestabil, utilizado paraemagrecimento; o Pramil, que é similar ao Viagra; e anabolizantes, entreoutros.

Documentos e um computador que supostamente teria informações sobre as vendas ilegais de um terceiro fornecedor também foram apreendidos hoje, na cidade de Unaí (MG).

O delegado disse que a PF investigará se existe ligação entre os três casos:  "Esses remédios eram vendidos pela internet que, por ser uma rede mundial, pode abrigar uma quadrilha especializada na difusão desse tipo de produto". E que novas operações poderão ser realizadas nos próximos meses.

Em entrevista ao programa Tarde Nacional, da Rádio Nacional, odiretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, recomendou à população que não compre remédios pela internet. "O medicamento precisa ter prescrição médica,acompanhamento farmacêutico e garantia da qualidade. Isso sópode ser encontrado em estabelecimentos como farmácias edrogarias legalmente autorizadas”, afirmou.

Caso sejacomprovada a venda ilegal dos produtos, os acusados podem ter que cumprir penapor 10 a 15 anos e ser multados em até R$ 1,5 milhão, dependendo da avaliação da gravidade do delito e de possíveisantecedentes.

Naprimeira etapa da Operação Placebo, foi fechado um laboratório clandestino na cidade de Ipanema(MG), onde eram produzidos medicamentos supostamente fitoterápicos, desde 2005.

Denúncias de venda ilegal de remédios podem ser feitas à Anvisapelo endereço eletrônico ouvidoria@anvisa.gov.br e pelo telefone 0800-61-1987.