Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - A paralisação dos servidores dos Correios continua noAmazonas e nesta terça-feira (18), segundo o comando de greve dacategoria, registra a adesão de, pelo menos, 300 servidores, de umtotal de 1.307, que compõe o efetivo no estado. Segundo presidente doSindicato dos Trabalhadores dos Correios no Amazonas, Afonso Rufino,os grevistas esperam ainda hoje uma posição sobre as negociações, oque poderá marcar a suspensão ou a continuidade do movimento."A adesão dos funcionários ao movimento tem sido constante. Nos sentimos fortalecidos com o apoio que temos recebido da população em geral, que apóia nossa luta e entende nossas reivindicações. Além disso, vamos realizar no fim da tarde uma assembléia geral em Manaus para decidir se mantemos ou suspendemos a greve. Estamos esperamos uma resposta imediata do governo", complementou Rufino.Rufino informou ainda que do total de servidores em greve, 70% são carteiros e operadores de triagem, transbordo e cargas. De acordo com a direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no estado, o quadro de servidores está distribuído entre 637 carteiros e, o restante do pessoal, divididos entre os setores administrativo, atendimento comercial (balconistas) e operações de viagem e transbordo, que atuam no tratamento de cargas.Nessa segunda-feira (17), os grevistas realizaram na centro de Manaus um "apitaço" para marcar a paralisação e reforçar suas reivindicações chamando a atenção de quem passava pelo local. Além do barulho dos apitos, os manifestantes também portavam faixas e cartazes sobre suas reclamações e, como se deslocaram pelas avenidas centrais da capital, conseguiram interromper o trânsito no local por cerca de meia hora.De acordo com a assessoria de imprensa da ECT em Manaus, caso a greve não seja suspensa, ainda hoje a direção da instituição deverá entrar com a proposta de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), para reajuste de 5% sobre o salário bruto da categoria.A greve que já dura cinco dias inclui em sua pauta de reivindicações o reajuste de 47,7%, referente a perdas salariais acumuladas desde 1994, a implementação do plano de cargos, carreira e salários, o ganho geral de R$ 200 e, no Amazonas, a mudança de horário nas entregas das correspondências.