Secretário diz que comércio entre Brasil e Ásia é consistente e vai aumentar ainda mais

21/08/2007 - 14h15

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A corrente de comércio entre o Brasil e ospaíses do Leste da Ásia evoluiu mais de 180% nos últimos dez anos emantém crescimento consistente também no volume de investimentos, numa“clara demonstração de que o fluxo comercial continuará se expandindo”. A afirmação foi feita hoje (21) pelo secretário-executivo do Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho.Japão, China, Coréia do Sul, Malásia,Singapura, Indonésia e os demais componentes do Grupo dos 15 da Ásia doLeste tiveram corrente comercial (compras e vendas) de US$ 39 bilhõescom o Brasil, no ano passado, disse o secretário, ao participar da abertura do Fórum deCooperação Ásia do Leste-América Latina, na Confederação Nacional daIndústria (CNI). O encontro reúne representantes de 33 países, dos quais 15 são asiáticos.Pelas estimativas de Ramalho, o volume de comércio nesteano deve se aproximar dos US$ 50 bilhões, uma vez que os fluxos deexportações e importações do Brasil com aquela região já somam US$ 27bilhões de janeiro a julho. O secretário disse que 13% das exportaçõesbrasileiras em 2006 foram para a Ásia. Segundo ele, em contrapartida, 21% dascompras externas brasileiras tiveram origem naquela região, e o país busca melhorequilíbrio na balança comercial.De acordo com Ivan Ramalho, os Estados Unidos continuam sendo o maior parceiro comercial do Brasil, fornecendo cerca de 20% das importaçõesdo país e comprando cerca de 18% da produção nacional exportada. Entretanto, ressaltou o secretário, “o Brasil tem interesse na maior diversificação possível do comércioexterno, e a Ásia tem peso significativo” nesse processo. Para tanto, lembrou Ramalho, o Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior organiza  missões empresariais à China,Coréia do Sul e Singapura no mês que vem.Ele manifestou otimismo quanto à possibilidade de oBrasil manter crescimento contínuo nas relações comerciais com aquelebloco econômico, mas destacou a necessidade de maiorinteração de empresários brasileiros e asiáticos com vistas àidentificação das diferenças culturais e do melhor conhecimento dosmercados. Tanto o Brasil quanto os países asiáticos oferecem, no seuentender, “grandes possibilidades de ampliação comercial”.Segundo o diretor deDesenvolvimento da Comissão Econômica e Social para a América Latina(Cepal), Osvaldo Kasef,  essas oportunidades podem ser levadas também aos demaispaíses latino-americanos. Kasef disse que a economia da América Latina e do Caribe devecrescer em torno de 5% neste ano, o que se constitui no melhor nível dedesenvolvimento regional desde os anos 70. O mais importante é que se trata de crescimento com superávit nas contasexternas, o que “é um feito inédito” na região,acrescentou.