Empresas devem se convencer de que não é preciso lotar aviões, diz Lula na Embraer

21/08/2007 - 20h41

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao visitar hoje (21), em São José dos Campos, a sede daEmpresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), o presidente Lula disseacreditar que as empresas de aviação civil vão se convencer de que nãoé preciso lotar aviões. “Possivelmente, o gesto que a BRA está fazendoneste momento será repetido por outras empresas, porque algumas tambémvão se convencer de que não precisa colocar avião de 200, 300 passageirospara lotar. Às vezes, pode colocar um pouco menos, porque o brasileiroestá recuperando a sua renda, o brasileiro está podendo viajar um poucomais, as empresas de turismo estão fazendo financiamento para que  aspessoas paguem a possibilidade de viajar", afirmou. Em referência à assinatura de contrato com a BRA Transportes Aéreos, para venda de 20 jatos Embraer 195 com até 20 opções de configuração interna, o presidente acrescentou: "Essa combinação que aBRA está fazendo, neste instante, pode significar uma novidadeextraordinária e uma revolução no conceito da aviação brasileira”.

A BRA será a primeira empresa aérea nacional a operar a linha Embraer 170/190, de aviões conhecidos como E-Jets. Eles terão 118 assentos em classe única ecomeçarão a ser entregues no segundo semestre de 2008.

Sobreo novo modelo produzido pela Embraer, o presidente Luladisse acreditar que atende à demanda nacional: "Possivelmente, esse dia de hoje ficará marcadocomo o dia em que as empresas aéreas brasileiras descobriram a Embraercomo empresa fabricante de aviões de qualidade, de segurança. Aviõesque não devem nada a nenhum avião do mundo”. E acrescentou que somente com o crescimento econômico, com o desenvolvimento do turismo e com a redução no preço das passagens será possível garantir ao povo brasileiro aoportunidade de viajar de avião. “A cada dia que passa, o avião será um direito de ir e vir das pessoas”, disse.

Durantea visita à fábrica, o presidente conheceu o novo modelo fabricado pela Embraer e reafirmou que entrega a vida a Deus quando entra em um avião. “Eu soumuito corajoso. Quando eu entro num avião, eu entrego a Deus a minhavida, à qualidade tecnológica do avião e ao piloto, e aí seja o queDeus quiser. Porque realmente entrar num avião e ver ele semi-acabadoé, na verdade, uma coisa que dá medo, porque não é aquela garantia todaque a gente vê quando ele está pronto”, concluiu.

AEmbraer é a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, comexperiência em projetos, desenvolvimento e venda para os segmentos de aviação comercial, executiva, de defesa ede governo. Segundo informou a assessoria de imprensa daempresa, a frota da Força Aérea Brasileira (FAB) tem mais de 50% dos aviões construídos pela Embraer.