José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego,Carlos Lupi, disse hoje (2) que um dos poucos pontos que ele aceitadiscutir dentro de uma possível flexibilizaçãoda legislação trabalhista, é a diminuiçãoda quantidade de impostos pagos pelas empresas, principalmente aspequenas e médias, a partir da criação de novospostos de trabalho.“A idéia seria criar uma espéciede mais-valia para o trabalho formal, ou seja, as empresas teriamincentivo fiscal quanto mais empregos formais forem criados. Maisempregos, menos impostos. Essa será a grande temáticapara a sociedade moderna”, frisou Lupi. E fez questão depontuar: “Agora, não discuto flexibilizaçãotrabalhista para tirar direitos dos trabalhador, que sãofrutos da luta da sociedade. Essa não é minhapraia”.Já para o trabalho informal, o ministro prevêum futuro próximo de ganhos, através dos investimentosdo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que, nasua avaliação, vão gerar mais empregos formais.“Por isso, o Ministério do Trabalho tem que ajudar aqualificar os trabalhadores, porque surgirão novos empregospara mão-de-obra qualificada”, ressaltou.Sobre aregulamentação das centrais sindicais, ele afirmou queaté o dia 20 deve entregar ao presidente Luiz InácioLula da Silva, o projeto pronto para ser convertido em MedidaProvisória (MP) para ser enviado ao Congresso Nacional.“Acredito num consenso dentro das sindicais sobre o tema, que vãoganhar com a legalidade”, sublinhou.Segundo Lupi, o passoseguinte será mexer na reforma sindical, que apresenta váriospontos polêmicos, de acordo com o próprio ministro, comoa contribuição obrigatória para os sindicatos ese há ou não um número excessivo de entidadesdos trabalhadores. “Essa é uma reforma que tem divergênciasprofundas, e que precisamos de um prazo maior para discutí-la”,finalizou.