Coutinho quer estreitar cooperação do BNDES com o PAC

02/05/2007 - 21h11

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A “sintonia” do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com os projetos deinvestimentos previstos no Programa de Aceleração doCrescimento (PAC), do governo federal, é uma das preocupaçõesmais imediatas do novo presidente da instituição,Luciano Coutinho. Ele disse hoje em entrevista no Rio de Janeiro quea partir da avaliação que os ministros da Casa Civil,Dilma Rousseff, e da área econômica farão estasemana a respeito do andamento do PAC, o Banco poderá reforçaro apoio que já vem sendo dado ao programa.Coutinhorevelou ter conversado na última semana com a ministra DilmaRousseff, que chamou sua atenção para projetosespecíficos, como a Ferrovia Norte/Sul (TO) e a hidrelétricade Estreito (MA). A Norte/Sul tem extensão de 1.638quilômetros e irá integrar praticamente todo o sistemaferroviário nacional, interligando-se ao norte com a Estradade Ferro Carajás, que vai até o porto maranhense deItaqui, e ao sul com a Ferrovia Centro-Atlântica, que leva aosportos do Sudeste do País. Coutinho espera que as pendênciasexistentes em relação a Estreito sejam encerradas, paraque a licença prévia da obra seja concedida. Eleavaliou que o projeto é conciliável com as exigênciasambientais.“Esses são apenas exemplos da cooperaçãocom o governo que o Banco já tem e vai estreitar. Vai olharisso muito de perto”, afirmou Coutinho, salientando que o BNDES vaifazer todo o possível para dar suporte ao andamento do PAC.Onovo titular do BNDES analisou que o Brasil está iniciando uma“etapa alvissareira” de criação de confiançano setor privado e de deslanche de projetos de investimento. Elelembrou que o banco já vem financiando muitos projetos deinvestimento, que deverão ter o apoio reforçado, numa“priorização natural” da gestão anterior deDemian Fiocca, à qual ele dará continuidade.LucianoCoutinho destacou a existência de uma carteira importante deinvestimentos no banco em várias áreas, comosiderurgia, mineração, papel e celulose, agronegócio,e mais recentemente biocombustíveis, nas quais o suportefinanceiro é importante. “Nós não iremos mudarou querer mudar o curso natural dos negócios e da demanda porinvestimentos que a economia traz ao banco. Pelo contrário.Vamos reforçar”, afirmou.