Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O economista Luciano Coutinho, que tomou posse sexta-feira (27) na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, (BNDES), recebeu hoje (2) o cargo do também economista Demian Fiocca. Fiocca ficou no cargo pouco mais de um ano.
No discurso de transmissão de cargo, Fiocca lembrou a missão histórica do BNDES de apoio ao desenvolvimento da economia do país e ressaltou a atuação do banco no ano passado, que foi redirecionada para incluir também o fomento à inovação e o apoio a áreas sociais, depois que as taxas de juros começaram a ser reduzidas pelo governo.
Ao receber o cargo, Coutinho afirmou que foi orientado pelo presidente Lula para contribuir com a implementação de uma política industrial de grande envergadura que dinamize a economia, acelere a criação de empregos e promova a igualdade de oportunidades. Em discurso de dez páginas, Coutinho apontou, entre as prioridades do banco, o apoio à agroindústria, à microeletrônica, ao desenvolvimento de softwares e à produção de bens de capital.
Segundo ele, os esforços do BNDES serão concentrados para aumentar os investimentos no país. “Sem a elevação continuada da formação de capital, não há como sustentar o desenvolvimento socioeconômico, a estabilização e o equilíbrio externo. Sendo assim, a subida persistente da taxa nacional de poupança e investimento é objetivo macroeconômico chave”, afirmou Coutinho.
Ele garantiu o apoio do banco à execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O BNDES dará suporte proativo à necessária coordenação entre empreendedores, banca e o mercado de capitais na estruturação de um funding [substituição de uma dívida de curto prazo por uma dívida de longo prazo] adequado, principalmente para os projetos de maior porte. As 11 “salas de situação” que administram a execução do PAC na Casa Civil da Presidência da República terão do banco, sem medir esforços, todo apoio que se fizer necessário."
Participaram da cerimônia os ministros de governo da Saúde, José Gomes Temporão; da Cultura, Gilberto Gil; do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi; das Cidades, Márcio Fortes; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Também estavam presentes os governadores de Santa Catarina, Luiz Henrique; do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; de Pernambuco, Eduardo Campos; e do Pará, Ana Júlia Carepa, além do vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman.