Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O financiamento para a habitação no país alcançou este ano a marca, considerada recorde pelo governo, de R$ 24 bilhões. O número poderia ser bem maior, segundo o Movimento Nacional da Luta pelaMoradia (MNLM). Na avaliação do movimento, a burocracia da Caixa Econômica Federal ainda é o principalentrave ao acesso das famílias de baixa renda à moradia no Brasil. O movimento luta pelo acesso prioritário à moradia no país pelas famílias comrendimento até cinco salários mínimos.A coordenadora regional do MNLM no Distrito Federal, Vânia Aparecida Coelho, também membro da executiva nacional daentidade, diz que ogoverno federal vem, realmente, demonstrando grande atenção à questão, mas lembra que ainda não é o suficiente. “Ogrande entrave que a gente tem percebido nesses programas é aburocracia da Caixa Econômica Federal", diz ela.
Comrepresentações em 18 estados, o movimento está iniciandopesquisa sobre os resultados dos programas do governo federal para habitação.O objetivo é descobrir quem está de fato se beneficiando dos programas públicos. “O banco tem osseus critérios, encargos e toda a questão de segurança dos agentesfinanceiros. Quando chega na ponta, para a família que ganha menos deum salário mínimo, ela não consegue vencer isso", relata.
Orelatório global contendo as atividades do governo para a habitação de baixarenda será discutido na próxima reunião do Conselho das Cidades, emfevereiro de 2007. "A nossa pesquisa éexatamente para tentar fazer um contraponto à questão daburocracia. Tem o recurso, mas não pode acessar o recurso, devidoà grande burocracia, que não ajuda”, avalia ela.