Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A formação total do ministério para o segundo mandato dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva não deverá ocorrer, necessariamente, neste ano. A afirmação foi feita pelo ministro TarsoGenro, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência daRepública. Ele disse que alguns ministros podem ser definidos até ofechamento do ano, mas ressaltou que "o presidente da República nãopressa para definir todos os nomes". "O novo ministério terá que estarcompatível com o conjunto de medidas que estão sendo tomadas edependerá também da coalisão e da base de sustentação parlamentar quefor formada", acrescentou.Outra razão apontada pelo ministro é que as medidas visando aopróximo mandato tomadas até aqui "significam entre 20% e 30% do queestá em estudo". Tarso Genro destacou que, de qualquer forma, opresidente Lula considera o ministério atual "ministério", emboratenha ministros que são substitutos. "É vitorioso e lhe garantiuvitória e equilíbrio político na relação com os aliados e com asociedade", enfatizou Tarso Genro.Eleclassificou de extremamente importante a consideração do presidenteLula com o chamado "desbloqueamento do funcionamento do Estado, queenvolve uma série de impedimentos técnicos e jurídicos para arealização de obras. Isso vai envolver medidas". Segundo o ministro,esse processo vai "garantir a fluidez do funcionamento institucional".O ministro informou que o presidente começar diálogar com os partidos, "para garantir a coalizão de forças no Congresso". O diálogo começou ontem (16), em reunião com líderes do PT, Na próxima semana, provavelmente na quarta-feira 922), haverá conversa com a cúpula do PMDB e, em seguida com os representantes do PV. Os líderes do PDT também foram convidados para conversar com Lula.Hoje (17), o presidente Lula recebeu o governador reeleito da Paraíba, Cássio Cunha Lima, e o futuro governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. O futuro governador do DF disse que a visita foi de cortesia e que não fez pedidos ao presidente. "Não seria o momento adequado", afirmou. Arruda disse que ele e o presidente estão de acordo quanto à necessidade de reforma política. Para Arruda, questões partidárias devem ser resolvidas no Congresso Nacional. Entretanto, ressaltou, "nada impede que os governadores, que foram aliados ou não durante a campanha eleitoral, mantenham entendimentos em separado com o presidente".