Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Justiça Militar deve julgar até dezembro os sete acusados de participar doroubo de dez fuzis de um quartel do Exército, em março deste ano. Segundo opromotor de Justiça Militar Antonio Carlos Facuri, o último passo é permitirque os réus façam suas considerações finais escritas no processo.Facuri explicou que três civis e um militar estão sendo processados peloroubo das armas, acontecido na madrugada de 3 de março, no EstabelecimentoCentral de Transporte (ECT) do Exército, em São Cristóvão, zona norte dacidade. Dois civis estão presos: Joelson Basílio da Silva e Carlos Leandro deSouza, ambos ex-militares.Um terceiro civil, Alex Souza Marinho, continua foragido, mas deverá serjulgado assim mesmo. O quarto acusado é o sargento Humberto de Sousa Freire,que pode ser julgado apenas por negligência em serviço, uma vez que ainda nãohá provas suficientes de sua participação no crime.Outros três militares estão sendo acusados apenas do crime de negligência noserviço: o tenente Igor dos Santos da Silva, o cabo Eric da Silva Campos e osoldado Max Athaíde Pereira.“A prova é tranqüila no sentido da condenação de todas as pessoas que foramdenunciadas. A única ressalva que se faz é em relação ao sargento, em que sepode pedir uma desqualificação do crime de roubo para o de inobservância deregulamentos (negligência em serviço). Quanto às demais pessoas, as provasindicam efetivamente a participação nesses crimes”, disse Facuri.A busca pelas armas roubadas mobilizou 1,5 mil homens do Exército por cercade duas semanas. Os militares ocuparam mais de dez favelas para tentarrecuperar os dez fuzis e uma pistola roubados do quartel.As armas foram achados numa região conhecida comoEsqueleto, próxima da Estrada das Canoas, em São Conrado, conforme informaramna ocasião o Comando Militar do Leste (CML) e a Secretaria de Segurança.