Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério das Relações Exteriores anunciou hoje (2) o cancelamento do vôo da Força Aérea Brasileira (FAB) que levaria para Damasco, na Síria, kits de farmácia básica doados pelo Ministério da Saúde para ajudar no tratamento de pessoas que fogem do conflito no sul do Líbano. O mesmo avião buscaria 70 dos 446 brasileiros que aguardam a volta na capital síria.Segundo o coordenador do grupo de apoio aos brasileiros no Líbano, embaixador Everton Vargas, o vôo foi cancelado por uma “questão de logística de transporte”. Ele afirmou que “estamos em contato com a Força Aérea Brasileira e com as empresas aéreas brasileiras para enviar um avião o mais rapidamente possível para Damasco”. A assessoria de imprensa da FAB, no entanto, informou que não havia previsão de ida de qualquer avião para Damasco.Desde o início das operações de resgate, os aviões da FAB buscavam os brasileiros na cidade de Adana, na Turquia. Aviões de duas empresas aéreas, a TAM e a Gol, traziam os que estavam em Damasco. O primeiro desses vôos foi custeado pela TAM e chegou ao Brasil no dia 27 com 260 passageiros. O segundo, que chegou em São Paulo no dia 28 com 237 pessoas – e foi o último a sair de Damasco –, teve as despesas divididas entre as duas empresas. O embaixador Everton Vargas informou que a empresa BRA manifestou hoje interesse em participar do resgate dos brasileiros, mas ainda não confirmou o próximo vôo. Disse apenas que a na segunda-feira (7) a empresa poderia deslocar um avião para a capital síria. “Não podemos decretar que um avião saia a tal hora, encher o tanque de combustível e ir embora. Existe um procedimento a ser cumprido”, disse Vargas. Ele lembrou que são 32 horas para ir a Damasco e voltar. E argumentou que “é preciso trabalhar com a realidade das empresas”.