Aloisio Milani
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A “lista suja”do trabalho escravo, divulgada pelo Ministério do Trabalho eEmprego (MTE), incluiu o nome de 26 novos empregadores flagrados pelos gruposmóveis de fiscalização com trabalho escravo. Arelação totaliza 178 nomes infratores, o que leva emconta os 30 nomes que foram excluídos do documento pordecisões judiciais. Entre os novos “escravocratas”,está o senador João Ribeiro (PL-TO) e o fazendeiroVitalmiro Bastos de Moura, o “Bida”, acusado de ser um dosmandantes do assassinato da missionária norte-americana enaturalizada brasileira Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, nomunicípio de Anapu, no Pará.O parlamentar consta dalista como proprietário da fazenda Ouro Verde, no municípiode Piçarra, no sul do Pará, onde foram libertados 35trabalhadores em condições análogas àescravidão. João Ribeiro se junta a outros políticos que também já foram citados pela lista, como o do deputado federal Inocênio Oliveira (PL-PE).Já “Bida”,acusado de ser o mandante do assassinato de Dorothy Stang e queaguarada o julgamento, foi flagrado com 20 trabalhadores escravos nafazenda Rio Verde, no município de Anapu, no Pará.Vitalmiro é acusado de mandar matar a missionária em conjuntocom o fazendeiro Regivaldo Galvão, o Taradão.Segundo o Ministériodo Trabalho, a atualização semestral da “lista suja”consiste na inclusão de empregadores cujos autos de infraçãonão estejam mais sujeitos a recursos e na exclusãodaqueles que, ao longo de dois anos, contados de sua inclusãono cadastro, corrigiram as irregularidades identificadas pelainspeção do trabalho.