Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes da comunidade libanesa querem que o governo brasileiro pressione Israel para que haja um cessar-fogo no Líbano e, com isso, os brasileiros que se lá se encontrem possam ser retirados com segurança. A afirmação é do diretor-excutivo da Federação das Associações Mulçumanas do Brasil, Mohamed Zoghibi, antes de reunião com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a quem apresentou a proposta. “Nosso governo tem o poder de interceder junto ao governo de Israel para que seja montada uma logística de retirada dos brasileiros do Líbano", afirmou Zoghibi, cujo pais e irmãos estão na região.O diretor disse que levaria a Amorim a proposta de descentralizar de Beirute o cadastramento de brasileiros que desejam voltar. "O problema é a logística, a falta de comunicação. As pessoas tentam falar com a embaixada e não conseguem. Nossa proposta é de que o cadastramento seja feito por regiões e depois encaminhado à embaixada”, explicou. Durante conversa informal com os representantes da comunidade libanesa, o embaixador Everton Vieira, que coordena o grupo de ajuda a brasileiros no Líbano, disse que um novo comboio de ônibus deverá sair sexta-feira (21) ou sábado (22) das cidades de Beirute, Damasco (Síria) e Amã (Jordânia) em direção a Adana (Turquia), com pessoas que já têm bilhetes aéreos e que por isso não precisam esperar a próxima operação do governo brasileiro, ainda sem data prevista. "É uma operação de grande complexidade logistica e precisamos agir com cautela para que ela seja a mais bem sucedida possível”, disse Vieira. Segundo o embaixador, mais de 800 pessoas naquelas cidades já procuraram o serviço consular brasileiro para voltar ao Brasil.