Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pesquisa divulgada hoje (19) pela Agência Nacional doPetróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra os combustíveisbrasileiros estão atingindo níveis de qualidade internacionais denão-conformidade, que oscilam entre 3% e 3,5%. No caso da gasolina, o índiceregistrado em junho foi de 3,7%. Em 2001, era de 9,2%.A superintendente de Qualidade de Produtos da ANP, MariaAntonieta Andrade de Souza, disse à Agência Brasil que o fato é muitosignificativo para o Brasil porque o Programa de Monitoramento da Qualidade dosCombustíveis foi iniciado em 2001. Naquele ano, os níveis denão-conformidade eram de 9,2% na gasolina, 6,5% em diesel e 10,3% em álcoolhidratado, o que é vendido nas bombas de combustíveis. "Depois, em 2002, passamos por níveis muito elevados,piores do que esses, não na gasolina, mas sobretudo no álcool, que chegou a12,6% de não-conformidade, e hoje nós atingimos em junho 3,7% na gasolina, 2%no diesel e 2,9% no álcool. Os níveis internacionais de não-conformidadesituam-se entre 3% e 3,5%”, informou Maria Antonieta. Na análise da especialista, pode-se dizer, inclusive,que o álcool e o diesel apresentam melhores níveis do que o índice internacional de não conformidade. ”Isso também é muito significativo, nosentido de que você tem no Brasil, país com dimensõescontinentais, uma média nesses níveis. Quando se compara com paísescomo a França, a significação é muito grande. Isso foi objeto de um programamuito trabalhoso e ajustado que a Agência desenvolve durante todo esse tempo”,declarou a superintendente.ANP considera um combustível não-conforme quando há desvioem relação a qualquer uma das especificações definidas pelo órgão para oproduto. A superintendente da ANP disse que a meta é reduzir aindamais os níveis de não-conformidade dos combustíveis brasileiros. Ela informouque o biodiesel já foi incorporado a esse programa de monitoramento e tematingido resultados muito satisfatórios.