Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - AComissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dosSanguessugas, que investiga as fraudes em emendas parlamentares paraa compra superfaturada de ambulâncias com recursos doorçamento, escolheu quatro sub-relatores que vão ajudara organizar as frentes de investigação e colocar emprática uma metodologia de trabalho até o prazo final,em agosto. Os nomes foram anunciados pelo relator da CPMI, senadorAmir Lando (PMDB-RO). Veja a seguir as quatro sub-relatorias e osseus integrantes:- Sistematização e Controle: Carlos Sampaio (PSDB-SP),responsável por sistematizar e consolidar relatóriosparciais das demais sub-relatoriais e determinar providênciasde ordem administrativa com a autorização do relator edo presidente.- Investigação de Parlamentares: Carlos Sampaio, FernandoGabeira (PV-RJ), José Carlos Aleluia (PFL-BA), e JúlioDelgado (PSB-MG), responsáveis por analisar a documentaçãocontra os parlamentares e acompanhar outras frentes de investigação.- Investigação do Esquema de Fraudes na Aquisiçãode Ambulâncias: Wellington Salgado(PMDB-MG) e Paulo Rubens Santiago (PT-PE), responsáveis poracompanhar as investigações para saber como funcionavao esquema.-Processo Orçamentário: Eduardo Suplicy (PT-SP) eVanessa Grazziotin (PcdoB-AM), responsáveis por analisar todoo processo orçamentário, inclusive as emendasparlamentares, para investigar as possíveis brechas paradesvios de recursos.Ementrevista à imprensa, o senador Amir Lando, que játrabalhou como relator na CPI da Compra de Votos, em 2005, e na CPIdo PC Farias, em 1992, explicou que essa era a melhor forma dedividir o trabalho. “Queremos dividir responsabilidade. Fizemosisso na CPI do PC Farias. Lá tínhamos mais de 30parlamentares trabalhando. Nessa não precisamos de tanto,porque o trabalho é mais restrito. Nosso compromisso com asociedade é concluir o trabalho em 60 dias, embora tenhamos180”, disse.Ontem,a CPMI divulgou o nome de 56 deputados e um senador investigados pelaProcuradoria Geral da República. A lista foi tornada públicaapós negociação da presidência da CPMI eos ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal. Desse total,15 parlamentares já foram notificados e já enviaramsuas defesas por escrito. Outros 42 estão sendo notificados. Opresidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ),enfatizou que a divulgação da lista nãosignifica que os parlamentares são culpados, e sim que elessão investigados.