Spensy Pimentel
Enviado especial
Caracas (Venezuela) – A Comissão Organizadora do Fórum Social Mundial aproveita a sexta edição do evento para realizar uma campanha de arrecadação de fundos para pagar dívidas de R$ 3 milhões, deixadas pelo 5º Fórum, ocorrido em janeiro de 2005, em Porto Alegre (RS).
A Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) está distribuindo em Caracas, onde ser realiza a sexta edição do evento, um folheto no qual divulga o número da conta bancária para depósitos com esse fim. Segundo o texto, o déficit nas contas do evento anterior é "devido a doações prometidas, mas não concretizadas". "Colabore. Doe qualquer coisa de valor. O déficit é grande, mas não tanto como o poder de organização de quem deseja um mundo melhor", continua o folheto.
Ontem (24), durante coletiva com jornalistas, a organização do fórum explicou que o custo do evento realizado na capital venezuelana ainda não pode ser determinado. Segundo Julio Fermin, coordenador de comunicação do fórum, o governo da Venezuela doou cerca de 150 mil a 200 mil bolívares para o evento (aproximadamente R$ 200 mil).
O restante do custo não é possível calcular no momento, segundo a organização, porque está relacionado a doações e patrocínios de empresas à preparação de espaços onde são realizadas as atividades do Fórum Social. O dinheiro provém de empresas estatais venezuelanas e de doações internacionais como a da Fundação Ford, que apóia o fórum desde sua primeira edição.
A organização também explicou que, para administrar o dinheiro desta sexta edição foi criada uma pessoa jurídica própria, a Fundação Por Um Mundo Melhor – Caracas 2006. Nas edições brasileiras, o dinheiro do evento era administrado por entidades organizadoras, como a Abong e o Instituto Brasileiro de Analises Sociais e Econômicas (Ibase).