Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Brasil se prepara, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para obter o reconhecimento internacional de a Amazônia como área livre de febre aftosa. Grande parte da criação bovina local é consumida nos próprios estados da região.
A outra etapa que o governo quer cumprir se refere à região Nordeste, em especial aos estados do Maranhão e de Pernambuco, para que também sejam declaradas áreas livres de aftosa. Essas prioridades foram apresentadas hoje em reunião do ministro Roberto Rodrigues com o Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (Giefa). O grupo é composto por oito representantes do setor privado, seis do Conselho Nacional de Pecuária de Corte, três da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), além de uma dezena de produtores.
A partir de amanhã, o Giefa vai iniciar uma série de viagens também ao Paraguai, à Bolívia e ao Equador, para saber como está a erradicação da febre aftosa nesses países.
O Ministério da Agricultura apresentou aos integrantes do Giefa as ações que o Brasil tem feito, desde 1995, para tratar da saúde do rebanho bovino. Existem hoje no Brasil, segundo o ministério, 200 milhões de cabeças de gado. As estimativas do governo são de que é possível dobrar ou até triplicar a produção, "sem que seja necessário derrubar uma única árvore no país".
O representante da Associação Regional do Programa de Saúde Pública Veterinária da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), Albino Belotto, disse que a visita do Gieffa aos países sul-americanos "não é uma cobrança, mas a oportunidade de estabelecimento de uma parceria coletiva em torno do combate à febre aftosa".