Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O aumento do salário mínimo, que passa de R$ 300,00 para R$ 350,00 a partir de abril próximo, não terá impacto mais forte sobre o setor industrial brasileiro, segundo avaliou em entrevista à Agência Brasil a economista Luciana Marques de Sá, chefe da Assessoria de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). "Na indústria, poucas são as empresas que ainda usam o salário-mínimo como referência", explica.
Levantamento anterior efetuado pela Firjan mostrava que o atrelamento ao salário-mínimo era mais freqüente em pequenas empresas. Considerando o total das empresas, apenas 5% delas afirmaram que a sua folha de pagamento tinha algum reflexo do salário mínimo.
"Então, a gente acha que o principal efeito vai ser sobre as prefeituras e do ponto-de-vista fiscal. Quando se olha os dados fiscais, o que se observa é que o cobertor é curto. Você teria que abrir mão de uma determinada despesa para fazer face a esse impacto, que vai ser importante, do ponto-de-vista não só da Previdência, como também o lado fiscal como um todo, em termos de salário", analisou a economista.