Edla Lula
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Caixa Econômica Federal emprestou R$ 81,9 bilhões entre 2003 e 2005, para pessoas físicas e jurídicas. O número é recorde na história da instituição. As concessões de crédito comercial cresceram 128% entre 2002 e 2005, saindo de R$ 15,7 bilhões para R$ 35,8 bilhões em 2005.

Segundo as estimativas, o desempenho da Caixa deve ser superior ao do mercado. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgados no início deste mês, revelam que o setor de crédito espera que as operações de empréstimo terminem o ano com expansão de 17,36%.

No ano passado, os empréstimos sob consignação para pessoa física, modalidade em que a Caixa é líder, cresceram 26,8% em relação a 2004, passando de R$ R$ 4,1 bilhões para R$ 5,2 bilhões.

De acordo com o diretor de crédito da Caixa, Carlos Henrique de Almeida Custódio, a "guinada" dado pelo banco, especialmente nos empréstimos a empresas, são reflexo de uma estratégia iniciada em 2003. "Criamos uma vice-presidência de crédito, colocamos mais dinheiro no mercado para levamos crédito à população, pessoa física e jurídica, que é onde os negócios acontecem, onde se gera renda", comentou Custódio.

As empresas clientes da Caixa, que somam hoje mais de 600 mil, tomaram R$ 16,4 bilhões de crédito em 2005, 249% mais do que os R$ 4,7 bilhões emprestados em 2002. As micro e pequenas empresas representam 97% das operações de pessoa jurídica da Caixa.

"Somos o banco que tem a menor taxa de juros", disse Custódio, ao destacar a estratégia que atrai especialmente os microempresários. Para esse segmento, as taxas chegam a 0,8% ao mês.
Ele também destaca o microcrédito, com taxa de 2% ao ano e sem burocracia para o tomador, que não precisa ter conta, bastando apenas apresentar identidade e CPF.