Presidente da Vale do Rio Doce diz que não há o que questionar sobre privatização da empresa

24/01/2006 - 15h19

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, disse hoje (24) que não existe motivo para questionar o processo de privatização da empresa. "Confio claramente na Justiça e não há o que questionar em relação à privatização", disse Agnelli, após a cerimônia de assinatura da resolução que vai iniciar a construção da ferrovia Variante Litorânea Sul da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) no Espírito Santo. A Vale e o governo estadual vão executar a obra em parceria.

A declaração de Agnelli refere-se à decisão do Tribunal Regional Federal de Brasília, que em 26 de outubro do ano passado determinou a realização de uma perícia técnica no processo de privatização da ex-estatal. A perícia tem por objetivo verificar se, naquela ocasião, o patrimônio da empresa foi subavaliado. Ontem, a assessoria de imprensa da Vale havia dito que a empresa não iria se manifestar sobre o caso, sob a justificativa de que a decisão judicial era um assunto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O controle da Vale foi leiloado em maio de 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso, por cerca de R$ 3,3 bilhões. À época, a consultoria Economática avaliou o preço de mercado da empresa em US$ 37,47 bilhões.

Na avaliação de Agnelli depois da privatização, a empresa aumentou a capacidade de produção de 82 milhões de toneladas de minério de ferro para um volume estimado para este ano de 270 milhões de toneladas. "Os benefícios da privatização são claros. Estamos tranqüilos e a Vale do Rio Doce continua trabalhando", disse, acrescentando que hoje a empresa atua em 21 países. Segundo ele, quando era uma estatal, a empresa atuava em cinco países.

.