Daniel Merli
Enviado especial
Caracas (Venezuela) - Sob uma faixa com a inscrição "Não à guerra. Não ao imperialismo. Outro mundo é possível", vai começar o ato de abertura do 6º Fórum Social Mundial, em Caracas, na Venezuela. A cerimônia será realizada ao final da marcha às 19 horas (horário de Brasília) e terá 15 representantes de diferentes segmentos e países em conflito.
Pelo Brasil, participam a representante da Marcha Mundial de Mulheres Conceição Dantas, que luta contra pobreza e desigualdade de gênero, e diretora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, que articula ações e reúne denúncias de violações de direitos humanos ocorridas no Brasil.
A situação do Haiti, país mais pobre das Américas e que vive uma crise social e política, também deve estar presente no ato. O economista Camille Chalmers, da Plataforma pelo Desenvolvimento Sustentável do Haiti, vai fazer um discurso. Chalmers é um reconhecido crítico da presença no país da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).
A quechua Blanca Chancoso, da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador, vai representar todas as nações indígenas. Os movimentos contra a guerra nos Estados Unidos terão duas representantes: Medea Benjamin, da organização Global Exchange, e Cindy Sheehan, mãe de um soldado morto na invasão dos Estados Unidos no Iraque.
Duas nações árabes estarão presentes para falar da luta contra a ocupação estrangeira em seus países: um militante palestino e um afegão. A sociedade civil venezuelana será representada na abertura por Jacobo Torres, da Forca Bolivariana de Trabalhadores, uma conrrente sindical do país governado por Hugo Chávez.