Brasília - Uma grande manifestação contra a guerra e o imperialismo abre hoje à tarde, em Caracas, o 6º Fórum Social Mundial. Participam da passeata pelas ruas da capital venezuelana artistas, escritores, intelectuais, músicos, representantes de organizações não-governamentais e ativistas de todo o planeta.
Esta é a segunda vez, desde sua criação, que o fórum é realizado fora de Porto Alegre. A primeira foi em Dubai, na Índia. Em 2006, além de Caracas, o encontro ocorre em Bamako, no Mali, e Karachi, no Paquistão. Nesta sexta edição, são esperados cerca de 100 mil participantes vindos, em sua maioria, da América Latina. Segundo os organizadores 50 mil pessoas já se inscreveram, representando 2.177 organizações da sociedade e de governos de todo o mundo.
Nos seis dias do fórum em Caracas, que foi dividido em eixos temáticos, vão ser discutidos os temas Poder, política e lutas por emancipação social; Estratégias imperiais e resistência dos povos; Recursos e direitos para a vida, alternativas ao modelo civilizatório depredador; Diversidades, identidades e cosmovisões em movimento; Trabalho, exploração e reprodução da vida; Comunicação, cultura e educação, dinâmicas e alternativas democratizadoras.
O Brasil participará das discussões com representantes governamentais e de organizações da sociedade civil. Hoje, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, viaja para o país vizinho, onde tem presença confirmada em uma conferência sobre reforma agrária na quinta-feira (26) ao lado de autoridades da Venezuela, Chile, Nicarágua e Espanha.
Os ministros da Secretaria-geral da Presidência, Luiz Dulci, do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, também estarão na Venezuela debatendo questões sobre desenvolvimento, democracia participativa e direitos humanos. O 6º Fórum Social Mundial termina no próximo domingo (29).