Senadora e deputada dizem que políticas públicas reverterão discriminação da mulher no trabalho

25/11/2005 - 21h00

Brasília, 25/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - A situação de discriminação da mulher no mercado de trabalho tende a mudar, com a adoção de políticas públicas e graças à competência demonstrada por elas no desempenho de diferentes atividades. A opinião é da deputada Maria do Rosário (RS), coordenadora da bancada feminina do PT no Congresso Nacional. "Estamos andando a passos bem seguros no Brasil, tendo muitos avanços e conquistando mais espaços", observou.

A senadora Ideli Savatti (PT-SC) disse concordar e acrescentou que "hoje o número de mulheres cursando faculdade já é maior do que o de homens, assim como também é maior em todo o ensino, do primeiro ao terceiro grau".

Para a deputada, "representamos no Brasil cerca de 46 % ou mais da população economicamente ativa. No entanto, o fato de estarmos em profissões menos valorizadas do ponto de vista financeiro acaba fazendo com que os salários das mulheres sejam menores do que os dos homens".

A discriminação da mulher, com salários mais baixos, na opinião da senadora, "é decorrente da mesma matriz da violência, que encara a mulher como ser inferior". Ela lembrou que para se analisar o quadro em que vivem as mulheres hoje é preciso analisar a situação há duas gerações e projetar como a mulher estará nas gerações futuras, tamanho tem sido o caminho percorrido por elas nos últimos anos.

Mesmo com a ocupação de mais espaços no dia a dia, a deputada Maria do Carmo (PT-MG) disse que a situação da mulher ainda é "gravissima" e que essa situação é decorrente de toda uma história de discriminação e desvalorização feminina. "Começamos a ocupar a vida pública através de profissões que eram tidas como continuidade do que fazíamos no lar, como cuidar de idosos, doentes e crianças – passamos então a ser professores e enfermeiros. Além disso, nossa presença no mercado de trabalho é bastante nova", justificou.