Rio, 25/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reconheceu que a ampliação das exportações é fator fundamental para a geração de empregos, para o crescimento econômico e para a redução da vulnerabilidade externa. E manifestou apoio à proposta de reforma cambial que recebeu, no 25º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

"O crescimento das vendas para o exterior estimula a produção em escala, induz à incorporação de tecnologia, instiga à obtenção de saltos na produtividade, promove a redução de custos, alarga o mercado interno, assegura balanço mais favorável das contas externas do país e incrementa a produtividade dos agentes produtivos", analisou.

Ele afirmou que o pedido dos exportadores será analisado em comissão criada recentemente para discutir a redução dos entraves burocráticos. "Os exportadores nacionais são enormemente afetados pelo excesso de burocracia", constatou. E acrescentou que cabe ao setor público criar condições necessárias para que o capital privado seja alocado em novos investimentos. "Leis antiquadas e ineficientes acabam por deslocar as decisões que deveriam ser essencialmente privadas para a arena do Judiciário, o que amplia ainda mais o grau de incertezas", disse.

O Brasil, segundo Calheiros, ainda convive com controles típicos de economia fechada, principalmente na esfera cambial. "Daí a urgência do projeto que acabo de receber", disse. Ele analisou que o câmbio é uma importante variável de ajuste da economia e, por isso, sua legislação merece ser atualizada. E se colocou formalmente à disposição dos exportadores para viabilizar a reforma, "sem o que estaremos desperdiçando preciosos recursos humanos e financeiros, gastando agora, sem dúvida, parte do nosso primoroso futuro".