MEC destaca índice da Pnad que mostra queda do analfabetismo no Nordeste

25/11/2005 - 18h38

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O analfabetismo caiu 0,4% de 1999 para 2004, na faixa etária a partir de 15 anos. A conclusão, presente na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), foi positiva na avaliação do diretor de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Timothy Ireland. Essa área do sistema educacional é ligada à Secretaria de Alfabetização, Educação Continuada e Diversidade, do Ministério da Educação.

"A queda foi ainda mais acentuada na região Nordeste, e isso é muito positivo porque mostra que o esforço do governo na redução da taxa de analfabetismo, com o programa Brasil Alfabetizado, que tem dado resultados", avaliou Ireland. Segundo o diretor da EJA, o governo destinou mais de 62% dos recursos do Brasil Alfabetizado para o Nordeste, justamente por ter sido, em todas as faixas etárias, a região campeã em analfabetismo, ao longo dos últimos anos.

O conceito de analfabetismo para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Pnad, e para o MEC são distintos. Ainda que a diferença conceitual possa influenciar nos dados, Ireland considera as informações da pesquisa do IBGE valiosas para elaboração de políticas públicas. "A pesquisa tem seu valor porque mostra tendências em termos de gênero, etnias e diferenças regionais. Isso é importante para que as políticas públicas não sejam arbitrárias", observou.

O MEC usa o referencial de anos de escolaridade para definir quem é a pessoa alfabetizada. "É a pessoa que cursou o primeiro segmento do ensino fundamental (1ª a 4ª série). Assim, pode se considerar que ela tem bom domínio da língua, na escrita e na leitura, e dos cálculos matemáticos", definiu o diretor da EJA.

De acordo com parâmetros do MEC, quem tem domínio básico do idioma e das quatro contas básicas da matemática, mas não aplica esse conhecimento no seu cotidiano, é considerado analfabeto funcional. Para efeito da avaliação das taxas de analfabetismo, o IBGE considerou como alfabetizada a pessoa capaz de ler e escrever pelo menos um bilhete simples no idioma.