Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os níveis de escolarização das meninas são mais altos em todos os grupos etários. Foi o que apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados coletados entre setembro de 2003 e setembro de 2004.
As mulheres são as que alcançam mais anos de estudo, até a faixa dos adolescentes. Na população, a parcela dos que concluíram pelo menos o ensino médio foi de 26%, já entre as mulheres esse índice foi de 27,7%. Entre os homens, a taxa ficou abaixo da média total e foi de 24,1%.
O nível de instrução dos dois gêneros também é diferente quando se pesquisa a população ocupada. Entre as mulheres que desempenham uma atividade econômica, 40% têm 11 anos ou mais de estudo, o que equivale concluir o ensino médio. Esse indicador não chegou a 30% entre os homens. Já nas idades mais elevadas, o nível de instrução dos homens é maior, o que na avaliação dos técnicos do IBGE é reflexo dos efeitos de um tempo em que a educação feminina não era estimulada como hoje.
A evolução da escolarização, indica o estudo, reflete-se nas taxas de analfabetismo da população. Na faixa etária de 10 a 14 anos, em que se espera que a criança esteja alfabetizada porque já terá concluído a oitava série do ensino fundamental, o índice de analfabetismo ficou em 3,8%. A taxa de analfabetos desse grupo etário é maior na região Nordeste (8%) e ficou abaixo de 1,5% nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
O distanciamento das taxas de analfabetismo de meninos e meninas, de 10 a 14 anos de idade, é grande devido às diferenças no nível de escolarização. O país tem, em termos percentuais, praticamente o dobro de meninos analfabetos em comparação ao total de meninas analfabetas. Essa taxa foi de 5,2% para os meninos e 2,4% para as meninas.
A PNAD mostra, no entanto, que os indicadores evoluíram de 99 até 2004. Em cinco anos, o nível de escolarização das crianças e adolescentes melhorou sensivelmente e a inserção deles na população estudantil também aumentou, em todas as regiões. As taxas de analfabetismo caíram em todas as faixas etárias escolares pesquisadas e em todas as regiões.