Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - Os recursos de sonoplastia usados na produção das antigas rádio-novelas transmitidas pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro entre as décadas de 1940 a 1960 estão expostos no 2º Rio Tecnomídia, evento que mostra os bastidores da mídia e que foi aberto hoje na Casa França Brasil, no centro da cidade. São objetos como correntes, placas de metal e outros que reproduzem o som da água, do vento e da chuva. Na exposição, esses recursos estão sendo usados pelo público, que tem a oportunidade de criar as suas próprias estórias.

O gerente da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Cristiano Menezes, que comandou as encenações do público na abertura do evento, disse que a montagem das rádio-novelas em uma exposição em que há diversos atrativos da mídia eletrônica, contribui para o resgate da memória da Rádio Nacional. Ele destacou que as antigas produções da "charmosa Era do Rádio" continuam atraindo não só as pessoas que viveram a época, mas também jovens e crianças.

"É impressionante como as pessoas ficam mobilizadas quando vêem a roda que produz o som de uma porta rangendo ou o apito que simula um navio. Muitas se remetem a um tempo que passou, quando elas mais jovens ouviam e acompanhavam as rádio-novelas. E outras que ouviram falar traduzem todas uma sensação de que alguma coisa está sendo desvendada", acrescentou.

A aposentada Marilane Silva Magalhães, de 72 anos, ficou emocionada ao participar de uma encenação. Ela disse que seu pensamento voltou ao passado ao relembrar a rádio-novela "Jerônimo, o Herói do Sertão". Na minha mocidade eu era freqüentadora assídua da Rádio Nacional e não perdia os programas de César de Alencar e Manuel Barcelos, contou.

O Rio Tecnomídia continua até o próximo dia 13 e quem visitar a exposição vai conhecer cenários de filmes nacionais, manipular equipamentos de cinema, fazer dublagens, participar de clipes musicais ou fazer um fotolog com imagens em movimento na internet.