Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O relator da Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador no Paraná, Marcos Armando, avalia que os sucessivos governos estaduais não têm priorizado as políticas de saúde do trabalhador. As ações e serviços de saúde do trabalhador permanecem, de acordo com ele, com uma inserção periférica no SUS (Sistema Único de Saúde). E têm influência reduzida na definição dos rumos da secretaria estadual e das secretarias municipais de Saúde. "Os investimentos em recursos humanos e materiais são inexpressivos", afirma.
Além da desarticulação das ações e serviços no SUS, explica o relator, falta uma articulação intersetorial no enfrentamento dos problemas relacionados à saúde do trabalhador. Isto significa, segundo Armando, que as áreas da saúde, trabalho, previdência social, meio ambiente e educação não participam de uma política integrada.
Na opinião dele, a precariedade da atenção à saúde do trabalhador no estado do Paraná está presente em todos os níveis da rede de serviços do SUS – básica, especializada e hospitalar. A situação, acrescenta, é constantemente denunciada pelas entidades sindicais e populares, e também pelas instâncias de controle social do SUS.
"Os principais entraves de estruturação da Política Estadual de Saúde do Trabalhador são a ausência de mecanismos de financiamento permanente e a insuficiência de recursos humanos para a implementação das ações e serviços no SUS", afirma o relator.