Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Bahia não foi escolhida ao acaso para sediar a 2ª Conferência Mundial do Café. A região concentra a "vanguarda da cafeicultura" hoje no Brasil, segundo o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Lineu da Costa Lima. "É um percentual pequeno da cafeicultura nacional, mas é uma cafeicultura diferente da tradicional, irrigada, de alta produtividade. O mundo queria conhecer", afirma.

A agenda paralela à Conferência inclui visita de produtores brasileiros e estrangeiros às plantações de café do oeste baiano. A delegação percorrerá cafezais nos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério. Com projetos de grande porte e tecnologia, a região vem conquistando lugar de destaque na cafeicultura brasileira devido à excelente qualidade dos grãos.

As condições climáticas também favorecem à produtividade. Temperaturas médias adequadas (19º C ao longo de todo o ano) e a ausência de geadas permitem o crescimento precoce dos cafezais, com a primeira colheita sendo realizada aos 26 meses – o normal é depois de três anos. O clima também permite a produção de cafés de alta qualidade, destinados à exportação.

Segundo informações do Ministério da Agricultura, O rendimento médio da cultura na região é de 46 sacas por hectares, sendo que em algumas propriedades é possível colher até 55 sacas por hectares