Agricultores familiares farão protesto em Conferência sobre Café

23/09/2005 - 21h47

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A agricultura familiar emprega 77% da força de trabalho do setor cafeeiro, estima a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag). Ao todo, são 8 milhões de trabalhadores. Diante desses números, a Contag considera importante discutir os efeitos da crise do café na agricultura familiar. Mas a entidade diz que não foi convidada.

Por isso, agricultores familiares e trabalhadores assalariados do café farão ato cênico de protesto durante a 2ª Conferência Mundial do Café, que acontece neste final de semana em Salvador. O ato faz parte das atividades da Feira do Café da Agricultura Familiar, evento paralelo à conferência que terá exposição de variedades e produtos de café, palestras e eventos culturais.

Os agricultores também pretendem entregar à organização da Conferência um documento com reivindicações institucionais e comerciais, batizado de Carta de Salvador. O documento é fruto de debates realizados esta semana, em Salvador, em seminário com Agricultores, organizações não-governamentais que trabalham com comércio justo e solidário, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) e suas federações filiadas, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Oxfam e Observatório Social. Em discussão, ações para melhorar as condições de vida, trabalho e produção dos agricultores familiares e assalariados rurais do café.