Presidente da Infraero rejeita privatização

16/05/2005 - 18h12

Lucas Parente
Da Agência Brasil

Brasília – "Não concordamos, por princípio, com nenhuma solução que exponha o capital da empresa à privatização". Em visita a Recife, o presidente da Infraero, Carlos Wilson, desmentiu os rumores sobre uma suposta desestatização da empresa. A declaração foi reproduzida em nota publicada hoje (16) na página oficial da Infraero.

Carlos Wilson afirmou, ainda segundo a nota oficial, que a estatal teve de adaptar-se ao ajuste fiscal. "Como todas as empresas estatais brasileiras, a Infraero também foi convocada a participar do esforço para o aumento do superávit primário, meta primeira do Ministério da Fazenda. Neste sentido fomos obrigados a promover fortes cortes de custeio, o que nos obrigou a buscar formas de capitalizar a empresa."

Para solucionar o corte de recursos, Carlos Wilson confirmou que a Infraero está estudando o aumento de capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Por orientação do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estudamos uma forma de aporte do Fundo Nacional de Desenvolvimento, que já é sócio da empresa (11,2%). Registre-se que o FND é administrado pelo BNDES e pertence ao Tesouro Nacional, que por sua vez é o acionista majoritário (88,8%)".

A Infraero informou que todos os 66 aeroportos então funcionando sem problemas operacionais. E que não atrasos nos vôos nacionais e internacionais.

Quanto à reivindicação dos reajustes dos salários, Wilson afirmou que, entre os anos de 2002 e 2004, houve um aumento de 45,4%. "Neste período a despesa média por funcionário passou de R$ 46,1 mil para 69,1 mil por empregado/ano, com uma variação de 49,9%".