Para OIT, aumento da taxa de emprego no Brasil e na Argentina não garantiu absorção de mão-de-obra

16/05/2005 - 19h11

Graziela Sant’Anna
Da Agência Brasil

Brasília – A Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez um estudo comparativo do mercado de trabalho no Brasil, no México e na Argentina, entre 1990 e 2004. Apesar do aumento da taxa de emprego no Brasil e na Argentina, o crescimento não foi suficiente para absorver a mão-de-obra.

A recuperação do emprego na Argentina, depois da crise de 2001 e 2002, e o desenvolvimento da indústria de máquinas no México são os únicos casos que, segundo o estudo, merecem destaque na questão do emprego.

"Durante certo tempo pensou que os problemas de emprego poderiam ser resolvidos com políticas macroeconômicas e que haveria uma solução. Sabe-se hoje que eles são complicados e, mesmo com vários tipos de políticas macroeconômicas, os problemas persistem", disse o coordenador residente do sistema das Nações Unidas no Brasil, Carlos Lopes.

O objetivo da pesquisa não foi o de "fazer um ranking dos países", e sim ver quais as políticas aplicadas em cada um deles. Após, um relatório com recomendações para o Brasil será realizado em conjunto com a OIT, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL).