Lilian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, vai assinar amanhã (17) um convênio com a empresa de implementos agrícolas Valtra e a Universidade de São Paulo (USP) para a ampliação das pesquisas com o biodiesel.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, a cerimônia de assinatura está prevista para às 16 h na Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que ocorre em Ribeirão Preto.
A pesquisa, apelidada de BiodiselBrasil, prevê o desenvolvimento de processos tecnológicos para produção e uso do biodiesel em substituição ao óleo diesel e à gasolina nos motores veiculares, agrícolas e estacionários (geradores de eletricidade e calor).
Para o ministro Rodrigues, o Brasil pode ser o maior produtor deste tipo de energia porque já tem experiências com álcool e óleo de mamona. "O biodiesel é o combustível do futuro. A grande revolução agrícola do século 21 será a da bionergia e o Brasil lidera este processo".
Embaixadores de 21 países já confirmaram presença na feira para conhecer a tecnologia brasileira. Segundo os organizadores do evento, outras inovações sobre o tema estarão em exposição na Agrishow, que ocorre de hoje (16) até o próximo sábado. Esta é a maior feira de agronegócios da América Latina. Os organizadores esperam receber mais de 150 mil pessoas e movimentem cerca de R$ 800 milhões.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a produção de biodiesel significará para o país uma economia anual de US$ 160 milhões com a importação de petróleo. A legislação atual permite a mistura de apenas 2% do biodiesel ao óleo diesel de petróleo, mas em 2013, segundo o governo, o percentual de adição deverá ser de 5%.
O biodiesel é um combustível pouco poluente derivado de fontes renováveis. Ele pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, tais como mamona, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim e soja, substituindo total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo.