Luthianna Hollenbach
Da Agência Brasil
Brasília - O apoio do Presidente Lula às reivindicações que lhe serão apresentadas é o sentimento unânime das pessoas que participam da marcha dos trabalhadores rurais sem-terra, movimento organizado pela MST e que chegou a Brasília hoje pela manhã, segundo Lúcia Barbosa, uma das coordenadoras do evento.
De acordo com ela, o MST espera que o Presidente se comprometa a fazer de fato, funcionar os quatro pontos em destaque que são: cumprimento da meta de assentar as 430 mil famílias, reestruturação do Incra, criação de um crédito especial e mudança do índice de produtividade da terra.
Para Lúcia, o governo precisa realizar diversas alterações internas, como por exemplo, na política econômica. "A primeira coisa a mudar é o investimento dos recursos. É preciso estar voltado para a área social e não só para pagar juros da dívida externa, esse é um ponto crucial", explica. Segundo ela, na lógica, há uma inversão das prioridades, já que a prioridade é o indivíduo. "A prioridade tem que ser o brasileiro, o social de fato, e não o lucro, os banqueiros como vêm sendo feito", opina.
Já foram realizadas três marchas nacionais pelo MST, porém está é a maior. "É a primeira marcha em que conseguimos mobilizar 12 mil pessoas de forma organizada, dividas em equipes e estados, diz Lúcia. "Normalmente os sem-terra andam de 15 a 20 Km por dia", acrescenta.
Às 15hs haverá uma sessão especial na Câmara Distrital em homenagem a marcha e, ás 20hs, se realiza uma grande assembléia com a juventude que participa da marcha. Também estarão no evento jovens de diversos movimentos sociais do campo que acompanham a marcha. Para Lúcia, o ponto alto da manifestação se dá amanhã (17), às 16hs, quando ocorre a audiência com o Presidente Lula.