Bruno Bochini
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As importações realizadas pelo Brasil em maio, até o dia 15, cresceram 31,4% em comparação ao mesmo período do ano passado: saltaram de uma média diária de US$ 230 milhões para US$ 302,2 milhões. As exportações cresceram também, porém em ritmo menor, com aumento de 16,8%: passaram de US$ 378,1 milhões para US$ 441,5 milhões na média diária.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o aumento das importações decorre principalmente do crescimento das compras de produtos siderúrgicos, que se elevaram 69,7% em relação a maio de 2004, de borracha (69,5%), veículos automóveis e partes (56,6%) e aeronaves e peças (51,5%).

No último balanço sobre exportações e importações brasileiras, no início deste mês, o secretário de Comércio Exterior, Ivan Ramalho, considerou que o início do escoamento da safra de soja, o principal produto exportado pelo país, elevaria as exportações e sustentaria o superávit comercial (diferença entre exportações e importações) em patamar alto, apesar do aumento das importações.

Neste mês, até o dia 15, as exportações tiveram maior aumento em manufaturados (gêneros industrializados com alto valor agregado), que saltaram de uma média diária de US$ 202,1 milhões em maior de 2004 para US$ 244,3 milhões, neste ano, principalmente em razão da venda de tubos de ferro e aço, gasolina, açúcar refinado, fio-máquina e aparelhos transmissores e receptores.

Os semimanufaturados (produtos em parte industrializados, com baixo valor agregado) vêm em segundo lugar, com aumento de US$ 48,1 milhões para US$ 62,4 milhões, por conta das exportações de ferro e aço, açúcar em bruto, borracha sintética, ferro fundido, alumínio em bruto. E em terceiro, os básicos (gêneros não industrializados), que tiveram aumento em sua média diária de US$ 122,7 milhões para US$ 126,1 milhões, principalmente devido a mármores e granitos, minério de ferro e café em grão.