Brasília, 16/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - O diretor administrativo da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária), Adelmar Sabino, negou nesta segunda-feira qualquer possibilidade de privatização da empresa. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, o diretor destacou que não existem estudos sobre terceirização ou relacionados à abertura de capital da estatal. "Não tem nada disso. Nem aqui, nem no ministério da Defesa, nem na Presidência da República", argumentou.
A possibilidade de privatização da Infraero foi um dos motivos da paralisação dos funcionários, hoje e amanhã (17), nos 66 aeroportos administrados pela empresa. Os grevistas exigem uma garantia do governo de que a estatal não será vendida. Querem, também, reajuste salarial de 8,5%, recomposição de perdas (o que equivale a um aumento de 47%) e reestruturação do plano de cargos e salários.
Sabino confirmou, no entanto, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) manifestou a intenção de aumentar a participação na estatal. "É uma operação normal de aumento de capital. O BNDES participa do capital da empresa e vai aumentar a participação, a fim de expandir os investimentos conforme determinação do presidente Lula", afirmou. E ressaltou que, mesmo com essa ampliação, a Infraero permanece sob o controle do Governo Federal.
As outras reivindicações da categoria só serão discutidas após o fim da greve, informou o diretor, que confirmou um aumento de 8%, referente ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). "Será o mesmo aumento concedido a todas as estatais", assegurou.