CSN se reúne com sindicato para negociar reajuste salarial de 13,5 mil funcionários

16/05/2005 - 16h53

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio – A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) terá uma audiência, amanhã, às 9 horas, com o Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e Região Sul Fluminense. A idéia é discutir as propostas de reajuste salarial para este ano. Segundo o presidente do sindicato, Carlos Perrut, 13,5 mil funcionários vão entrar em greve caso não haja consenso nas negociações.

A CSN havia apresentado, na última sexta-feira (13), o reajuste salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e mais 3,7% de ganho real, além de R$ 1 mil de adiantamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2005.

De acordo com Perrut, o reajuste salarial é aceitável, mas os funcionários não aceitam a proposta de adiantamento da PLR. "Eles não querem que esses R$ 1 mil sejam considerados um adiantamento para 2005, mas sim uma complementação da PLR de 2004, que foi de apenas 2,5 salários mínimos (R$ 750). Os funcionários deveriam receber mais dois salários (dando um total de R$ 1.050)", disse.

Outro ponto de discordância se refere ao pagamento de um valor, em dinheiro, para os funcionários que se aposentam – benefício que a CSN quer interromper. Perrut acredita, no entanto, que a empresa aceitará as demandas dos 7,5 mil funcionários, e evitará a greve.

O mais grave problema, contudo, seria a negociação com os seis mil empreiteiros que trabalham para empresas prestadoras de serviço para a CSN. "As empreiteiras não acenaram nada ainda, com relação a esses funcionários. A CSN está caminhando com o acordo com seus funcionários, mas tenho quase certeza de que os empreiteiros farão greve", afirmou.