Portadores de deficiência física fazem manifestação para reivindicar qualificação profissional

06/05/2005 - 12h37

Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Com faixas pedindo mais acessibilidade no transporte público, maior escolaridade, formação profissional e moradia, cerca de 100 deficientes físicos em cadeiras de rodas, usando muletas e bengalas, além dos portadores de deficiência visual, realizam neste momento, na Esplanada dos Ministérios, a Caminha da Cidadania. O evento é organizado pelo Instituto Cultural e Profissionalizante de Pessoas Portadoras de Deficiência do Distrito Federal. A intenção é sensibilizar a sociedade, os empresários e os governos do DF e federal para o problema da baixa escolaridade e da falta de qualificação profissional dos 270 mil portadores de deficiência de Brasília para o preenchimento das vagas reservadas pela Lei 8.203, de 1991.

A chamada lei das cotas para deficientes físicos obriga que as empresas privadas com mais de 100 funcionários reservem entre 2 a 5% de vagas para os deficientes físicos. No país, segundo o censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são cerca de 24,5 milhões de portadores de alguma forma de deficiência (14,5% da população). Desse total, apenas 80 mil estão empregados. Pela lei das cotas, esse número deveria ser de 640 mil. No DF, são 18 mil vagas que devem ser reservadas pelas empresas, mas só cerca de 4 mil portadores de deficiência estão inseridos no mercado de trabalho.