Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Campinas (SP) - O programa de reestruturação da Brasil Ferrovias permite a modernização dos dois mais importantes corredores de carga do país. Até 2009, 21 milhões de toneladas de produtos diversos serão transportadas pelo sistema. A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega. Ele participou do lançamento do programa feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Campinas, no interior paulista. A Brasil Ferrovias é um grupo privado formado pelas empresas ferroban, Ferronorte, Novoeste e Portofer
Mantega disse também que esse modelo de reestruturação revela o compromisso do BNDES com o setor de infra-estrutura e reflete o espírito de parceria empresarial que o Banco vem procurando ter com o setor privado. Em 2004 o Banco destinou R$ 15 bilhões para infra-estrutura, importância que deve ser superada este ano segundo o presidente da instituição.
Para o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, o programa conclui o processo de saneamento das concessionárias do setor ferroviário. Ele lembrou que em 2003 o investimento do governo Lula no setor foi de R$ 1 bilhão, número que dobrou em 2004 e que este ano deve chegar a R$ 2,5 bilhões. Nascimento frisou que quando assumiu a pasta dos Transportes o presidente lhe disse que a recuperação ferroviária do país é fundamental para a manutenção do crescimento econômico.
A Brasil Ferrovias foi criada em 2000 e as quatro empresas que a compõem formam dois importantes corredores logísticos de transporte para exportação. A malha ferroviária do grupo tem 4.500 quilômetros de trilhos que passam por 158 municípios de São Paulo, 19 de Mato Grosso do Sul, três em Mato Grosso e dois em Goiás.
O plano de reestruturação lançado pelo governo prevê novos aportes dos atuais acionistas no montante de R$ 375 milhões, do BNDES de até R$ 385 milhões, mais conversão de financiamentos de créditos existentes em participações acionárias, totalizando R$ 380 milhões, sendo R$ 115 milhões dos acionistas atuais e R$ 265 milhões do BNDES.
Um dos resultados positivos e significativos dessa reestruturação e melhorar o acesso ao porto de Santos, o mais importante canal de exportação do país.