Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O governo federal tem que aliar-se à iniciativa privada para garantir fluidez aos chamados "corredores de exportação", os principais canais de escoamento das mercadorias produzidas no país, segundo avalia o ex-ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso.
"É tomar, como se fosse uma cadeia produtiva, desde o local de produção até o porto, e dar fluidez, ou seja, evitar gargalos rodoviários, ferroviários", afirmou. Para isso, salientou a necessidade de se tentar investimentos privados, o que poderá ser viabilizado por meio das Parcerias Público Privadas (PPPs).
Na opinião de Velloso, outra diretriz que precisa ser estabelecida diz respeito à nova matriz energética para o país, em função da ameaça colocada pelas altas no preço do petróleo, segundo avaliou o ex-ministro. O Brasil, lembra ele, é um dos poucos países que podem ter uma nova matriz energética, reduzindo a participação do petróleo e derivados. "Então, vamos desenvolver mais energia elétrica, álcool, etanol (o Brasil é o país mais competitivo do mundo nessa linha de ação), biodiesel, biocombustivel em geral e biomassa, quer dizer, as formas renováveis de energia". Essas são as prioridades para o país, na opinião dele.
As diretrizes para as áreas de infra-estrutura no país serão debatidas na próxima semana por autoridades e especialistas no XVII Fórum Nacional que o Instituto Nacional de Altos Estudos(INAE), do qual Reis Velloso é superintendente-Geral, realizará na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Rio de Janeiro.