São Paulo, 2/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, fez um apelo às dezenas de empresários presentes à comemoração pelos cinco anos do jornal Valor Econômico, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O ministro enfatizou que o Brasil tem demanda de investimentos sociais e em infra-estrutura econômica, e afirmou: "Estes investimentos precisam ser viabilizados, principalmente pela iniciativa privada."
Segundo José Dirceu, a principal tarefa do governo é a vontade política reformadora nos planos social, econômico e institucional, com as reformas tributária, da Previdência, do Judiciário e política. O ministro destacou que cerca de 80% do Orçamento Geral da União estão comprometidos com despesas de pessoal, de juros e previdenciárias. E dois terços do orçamento discricionário do Executivo são vinculados à Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia e pesquisa agropecuária. "É bom para o país, desde que seja utilizado com eficiência, com prioridades definidas e chegue aos seus objetivos", destacou.
Melhorar eficiência e gestão são prioridades do governo, segundo José Dirceu. Neste sentido, acrescentou, é fundamental enfrentar o problema da Previdência. "O governo iniciou um processo para diminuir na Previdência a fraude e a sonegação, e melhorar a gestão e a eficiência, o que pode levar a uma economia de R$ 20 bilhões nos próximos dois anos", revelou. Esses R$ 20 bilhões seriam direcionados para infra-estrutura econômica e social.
De acordo com o ministro, infra-estrutura, educação e inovação tecnológica para viabilizar uma política industrial são os três objetivos imediatos do governo federal. José Dirceu acrescentou que os investimentos em infra-estrutura já são uma realidade e ao governo cabe oferecer determinadas garantias: "Garantir a regulação, a segurança jurídica, os recursos do governo, o financiamento das agências de desenvolvimento como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e fazer a parceria público-privada são as medidas que podem garantir ao país, nos próximos meses e anos, investimentos na infra-estrutura".
O ministro assegurou ainda que o governo federal fará as modificações necessárias no Fundo Garantidor das Parcerias Público-Privadas para proporcionar total segurança aos investidores. Essas mudanças, explicou, estão sendo discutidas com o empresariado: "Queremos dar garantia absoluta de que o Fundo não sofrerá influência política, não sofrerá decisões de príncipe, não estará sujeito a decisões de governo".
