Érica Sato
Da Agência Brasil
São Paulo - A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, destacou o avanço no mapeamento geológico do país, ao fazer um balanço da atuação do ministério nos últimos dois anos e meio: "Nós realizamos cerca de 70% do que vem sendo realizado nos últimos 50 anos". Em discurso na abertura do 1º Fórum de Mineração do Estado de São Paulo, na Assembléia Legislativa, a ministra também defendeu que a mineração, como atividade geradora de renda, pode ser menos agressiva ao meio ambiente.
O Ministério de Minas e Energia, segundo Rousseff, recuperou a gestão pública dos recursos minerais, investiu no fortalecimento dos agentes públicos setoriais e iniciou projetos destinados a aumentar o conhecimento do subsolo, "criando condições para que os agentes públicos setoriais desenvolvam projetos e para o desenvolvimento de novos empreendimentos de mineração e transformação aqui no estado".
No Programa Nacional de Mapeamento Geológico, acrescentou, foi iniciada a confecção de 60 novos mapas em todo o território brasileiro, perfazendo 500 mil quilômetros quadrados. "Até 2008 será mapeado um total de 2,5 milhões de quilômetros quadrados, representando cerca de 30% da área do país", enfatizou.
A ministra comparou a atividade mineradora à industrial, destacando que ela pode ser menos agressiva e que para isso basta que haja políticas públicas voltadas para a viabilização da extração, do beneficiamento e do uso racional dos bens minerais.
São Paulo é o maior consumidor de bens minerais do Brasil, incluindo a pedra britada, areia e cal, que são indicadores de crescimento econômico. "Assumimos o compromisso de construir as bases de um plano nacional de aproveitamento de agregados para a construção civil", afirmou a ministra, acrescentando que no início do segundo semestre o grupo de trabalho criado em outubro de 2004 apresentará a base para a elaboração do Plano Nacional de Agregados. "Com isso estaremos propondo e consolidando políticas e ações públicas visando garantir, hoje e no futuro, a produção sustentável desses materiais tão importantes para o desenvolvimento econômico e social. Também reativamos a comissão de Crenologia (estudo das águas minerais), possibilitando a valorização da qualidade das águas minerais brasileiras".