Teto para carga tributária atende reivindicação do setor privado, diz Iedi

15/04/2005 - 20h10

São Paulo, 15/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - Na avaliação do diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Júlio Gomes de Almeida, o compromisso de a carga tributária não ultrapassar os 16% do Produto Interno Bruto (PIB), incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), atende a uma reivindicação do setor privado e representa um passo importante do governo. "A definição do teto possibilita que o governo olhe para si próprio, para dentro de sua máquina e questione onde reduzir seus gastos", disse.

Almeida acrescentou que "o governo assume um compromisso muito relevante com o setor privado ao definir um teto da carga tributária" e a medida "é um fator de incentivo ao investimento".

Sobre a manutenção do superávit primário em 4,25% do PIB, o diretor do Iedi disse entender que o governo deve se comprometer com a austeridade fiscal, mas não "vestir uma camisa de força" que o percentual, segundo ele, representa. "O governo já deixou claro que vai seguir uma austeridade fiscal e vai gerar um superávit primário necessário para cumprir os seus compromissos", afirmou.