Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Ministério da Saúde já depositou os R$ 41,34 milhões que serão investidos na melhoria do atendimento à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) em seis hospitais de urgência do Rio de Janeiro. Quatro destes hospitais pertencem à rede municipal - Souza Aguiar, Miguel Couto, Andaraí e Salgado Filho. Os outros são o hospital estadual Rocha Faria e o hospital federal de Bonsucesso.
O anúncio foi feito na tenda da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) pelo ministro da Saúde, Humberto Costa. Ele assinou protocolo de intenções com as secretarias municipal e estadual de Saúde para implantação do Programa de Qualificação de Atenção à Saúde do SUS -QualiSUS. Segundo o ministro, o programa inclui obras físicas e aquisição de equipamentos, buscando, principalmente, a humanização e melhoria da qualidade do atendimento à população.
Os demais hospitais do Rio de Janeiro entrarão no programa em fase subseqüente, informou Humberto Costa. Ele disse que mais à frente será discutida a possibilidade global de financiamento dos hospitais de emergência. O ministro explicou que o QualiSUS do Rio de Janeiro funcionará como "um grande piloto, um grande laboratório", que deverá ser expandido para todos os hospitais de urgência do país.
Segundo Costa, o programa vai começar pelo Rio de Janeiro porque a rede de saúde é de grande complexidade, devido à presença dos três níveis de governo. Além disso, o estado tem uma rede básica ainda pequena, cuja ampliação o ministério quer estimular, visando maior qualidade no atendimento. De acordo com o ministro, a realização do QualiSUS no Rio de Janeiro representa para o governo um desafio em um ano eleitoral. "É um grande desafio fazer com que as disputas eleitorais não comprometam a implantação desse projeto", afirmou.
Humberto Costa acredita que alguns resultados já poderão ser percebidos pela população em curto prazo, como a reestruturação da forma de organização desses hospitais, a definição do atendimento nos setores de urgência ou emergência pela gravidade do doente e não pela chegada, e o melhor acolhimento. As obras físicas e a compra de equipamentos têm conclusão prevista pelo ministro para o início de 2005.